quarta-feira, outubro 26, 2011

Eu vou pra São Paulo - O Início

Começa agora neste blog a "Saga [aqui deveria estar um título pra saga mas eu não fui criativo o suficiente pra isso]", em que eu relatarei meu processo de mudança do interior para a capital, mais conhecida como São Paulo.
Como você ainda não me conhece farei um brevíssimo resumo sobre a parte da minha vida que você precisa saber pra acompanhar esta emocionante(espero) saga da vida real.

//Aqui começa o resumo

Eu cursei engenharia aeronáutica por um ano, até junho de 2011, quando percebi que meu negócio é outro e então resolvi abandonar o curso. Decidi então que eu quero ingressar na área de desenvolvimento de games (falo mais sobre o assunto uma outra hora), mas como era de se esperar, nenhuma faculdade da minha cidade tem um curso do tipo. Até que numa madrugada fria de julho um anjo apareceu na minha janela, pulou pra dentro do quarto, foi até o lado da minha cama e me disse algo que eu nunca mais vou esquecer: "Cê vai ter que ir pra São Paulo né seu filho da puta! Lá tem várias faculdades com o curso que você quer! Ou vai, ou volta pra engenharia, caralho!" - deu um tapa na minha cara e de repente desapareceu. E eu resolvi seguir o conselho.

Depois de muito pesquisar, cheguei a conclusão de que o melhor curso pra mim no momento é um chamado Tecnologia de Jogos Digitais, e duas faculdades oferecem tal curso. Não vou dizer quais são as faculdades pra prevenir possíveis tentativas futuras de sequestro, mas atualmente eu estou em processo vestibularístico nas duas.
A última coisa que você precisa saber sobre mim por enquanto é que eu sou um completo idiota pra me locomover em qualquer lugar, me perco até na minha cidade, onde eu vivi por toda minha vida até agora. Dito isso, posso dar início ao primeiro episódio da Saga Sem Nome. Eu poderia até pedir pra você dar uma sugestão, mas eu sei que sua preguiça é maior que a minha e você não vai dar porra de sugestão nenhuma.

//Aqui começa o episódio um



No episódio um falarei sobre algo que é "um passo idiota para o homem, mas um grande passo pra mim". Eu que mal sei andar perto de casa, me perdendo dando voltas no mesmo quarteirão, tive que ir sozinho pela primeira vez a São Paulo pra fazer o primeiro vestibular (serão dois, caso não prestou atenção no texto acima) pro curso que eu quero. Nada melhor que trabalhar numa empresa que fabrica aviões e fica no aeroporto da cidade quando se precisa viajar. Graças a ela eu consegui um ônibus fretado pra São Paulo, no qual vão uns 15 funcionários embora todos os dias pra lá. O quê? Pensou que eu iria de avião pra sampa? Não sei se eu rio de você ou de mim.
Nem tem cabimento também, já que de ônibus daqui até onde eu fui levou cerca de 1 hora.

Confesso que bateu 5% de desespero em mim quando eu vi que o ônibus estava em Guarulhos e aquilo não fazia nenhum sentido na minha cabeça, mas logo depois eu descobri que o ônibus em que eu estava parava na verdade em outra estação de São Paulo(pensei que iria pro Tietê), a Tatuapé. Algo importante que aconteceu na viagem foi um cara que me viu perguntando pro motorista pra onde aquela porra ia parar e como ele ia descer na mesma estação que eu, decidiu me ajudar. Tive que passar por umas ruas e atravessar um shopping pra chegar na estação. Eu nunca tinha andado em metrô, mas aquilo é mais fácil que eu imaginava, a maior dificuldade que eu tive foi entender o que a mulher que vendeu o bilhete falava, mas no final deu tudo certo. Todo o processo de ir pra estação e pegar dois metrôs não levaram nem 20min, tudo graças ao simpático rapaz que nem me disse o nome. Quem sabe um dia o vejo pela empresa.

Cheguei na faculdade as 17h45 mas como a prova seria as 19h, fiquei esperando numa lanchonete que tem em frente. Eis que entra um PALHAÇO COM UMA MALETA na mão! Aquilo parecia tão normal pra tudo mundo ali que até agi com naturalidade. Ele entrou em algum lugar que suspeito ser o banheiro e foi embora assustar criancinhas. Terminei minha Coca-Cola e fui pra faculdade, onde passei pela parte mais difícil do dia que foi achar a sala em que eu ia fazer a prova. Pelo menos eu estava acompanhado com uma garota que estava tão perdida quanto eu, e que era muito bonita por sinal. Achei a sala e comecei a prova, onde depois de 1h já estava com dor de cabeça, nas costas, preguiça de pensar, então acelerei o processo. Como sinto que estou com os mesmos sintomas daquele dia, vou acelerar esse texto aqui também.



Terminei a prova e então voltei pra casa com meu pai de carro, afinal já era tarde da noite e eu não ia pegar metrô e ônibus aquela hora, porque obviamente eu sou um puta dum mimado. E olha que eu cheguei em casa meia noite, imagina se eu tivesse voltado de ônibus... Sem chance.

Pulando 2 dias no tempo, saiu o resultado e soube que eu passei no vestibular, mas como eu estou dando preferência pra outra faculdade, vou esperar a outra prova, que será em dezembro, pra decidir onde faço matrícula. [atualização: passei no segundo vestibular e fui pra lá]

Em resumo, esse dia não foi emocionante como eu esperava, não me perdi, não me fudi, não fui sequestrado, não fui nem assaltado, mas mesmo assim foi um grande passo pro João Paulo(eu). Foi um primeiro contato entre o indivíduo e a cidade, sozinhos, nús, juntos. Espero que as próximas vezes em que eu for pra lá sejam mais emocionantes, e caso sejam, você saberá acompanhando esta belíssima saga neste neste mesmo horário, neste mesmo canal, só que num dia que eu ainda não sei.

Torçam por mim, e se você for paulistano e quiser me ajudar, me abrigar, me alimentar, etc, nas vezes que eu for aí, eu aceito. Só tô recusando Corinthianos no momento.

1 indivíduos comentaram:

Muito bem Jann, espero que passe no outro vestibular e tenha mais emoçao da proxima vez que vc for a sao paulo rs.

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